A nova cara do pop irônico, confiante e sem pedir licença
Duda Ruas chega à capa da Backstage Mag em um momento decisivo da própria carreira: ousada, afiada e com um brilho que não se desculpa por existir. Com o lançamento de “Legal demais pra vc”, a artista inaugura uma fase marcada por autenticidade, humor afiado e uma confiança que não se esconde, nem quando escolhe debochar de si mesma. É a síntese perfeita de sua nova era: pop, intensa, leve e absolutamente dona do próprio valor.
No single, Duda transforma ironia em ferramenta de poder. Em vez de dramatizar vivências que poderiam pesar, ela escolhe rir, provocar e devolver ao mundo uma versão brilhante do que já foi dor. Essa habilidade de equilibrar vulnerabilidade e atitude, sem perder o charme pop, é o que vem consolidando sua identidade artística e atraindo o público para o seu universo.
Durante nossa conversa, a cantora revela que essa persona confiante que aparece na música não é ficção, mas um exercício real de autoconsciência. Uma forma de olhar para si mesma com firmeza, mas também com humor e liberdade. É essa mistura de intensidade, leveza e coragem que Duda quer traduzir no EP que está por vir, um projeto que explora a multiplicidade de sentimentos que cabem no seu cotidiano.
Dona de influências que vão de Lola Young a Sabrina Carpenter, Duda Ruas está prestes a mostrar por que seu nome merece ficar cada vez mais em evidência. Ela não quer apenas lançar músicas: quer construir uma estética, uma persona, um universo. E, principalmente, entregar verdade, mesmo quando ela vem embrulhada em ironia. Confira agora a entrevista completa:
“Legal demais pra vc” tem uma energia debochada, mas também traz uma mensagem forte de autoestima. Como você encontrou o equilíbrio entre ironia e empoderamento na composição?
A música nasceu desse lugar meio irônico mesmo, de brincar com o deboche, mas também com o poder de se reconhecer. Eu gosto de usar esse “humor” e a provocação pra falar de coisas sérias, como autoestima e autovalorização. Acho que o equilíbrio vem de não tentar ser só debochada ou só profunda, é mostrar que a mulher confiante também pode rir, ser leve e ao mesmo tempo saber o próprio valor. A música tem essa dualidade, e te faz pensar: ‘será que sou mesmo tão incrível que te incomoda?’

Você mencionou que a música nasceu de um desafio pessoal. Como foi transformar algo que poderia ser um drama em uma faixa leve e divertida?
A música nasceu de uma situação que poderia facilmente virar um drama. Mas eu decidi rir de mim mesma e transformar aquilo em algo leve. Colocar essa persona para fora é o que mais gosto. A persona que tem certeza que todos a amam, e que tudo que faz brilha (rs). Acho que esse é o poder da arte, poder pegar algo que te machuca e devolver pro mundo com brilho. É como dizer: ‘ok, doeu, mas agora virou hit’.
O processo de gravação foi intenso e rápido. O que esse ritmo trouxe para o resultado final da música?
Acho que trouxe uma dinâmica muito boa que casa SUPER com os sentimentos das próximas músicas do EP! Vocês irão descobrir.
Suas referências vão de Lola Young a Sabrina Carpenter, como elas influenciam na sua música?
Eu amo completamente essas mulheres, e me inspiraram tanto elas quanto outros nomes também. Sua musicalidade, força como artista e como mulher, de poder falar o que sente sem medo dos julgamentos.
O que “ser autêntica” significa para você hoje, como artista e como mulher?
Ser autêntica, para mim, é ter coragem de ser inteira. Como mulher e como artista, aprendi que autenticidade não é sobre ser diferente de propósito, mas sobre não se apagar pra caber. É cantar o que eu realmente sinto, me vestir do jeito que me faz bem e não ter medo de ser intensa (ou não), debochada (ou não), etc. Acho que a autenticidade é o que dá alma pra tudo, é o que transforma uma música em verdade.


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