O cantor, compositor e produtor LGBTQIAPN+ maranhense, Paolo Ravley, acaba de lançar seu novo álbum “O Apelo”. O projeto, que compreende 10 faixas, une elementos eletrônicos e orgânicos, mantendo a sua assinatura desde o seu primeiro disco “Mundos”. O disco traz altos e baixos sobre perdas, vivências e a volta por cima.
Com uma trajetória sólida na música eletrônica e pop, Paolo já percorreu mais de 30 cidades no Brasil, México e Espanha, promovendo seu primeiro disco. Agora, o artista promete o mesmo feito com o novo lançamento, com já dois shows marcados no Blue Note, no Rio de Janeiro, e no Cine Joia, em São Paulo.
“Estou muito feliz em poder apresentar meu novo álbum ao vivo e trocar essa energia com a galera que acompanha meu trabalho. Sair de uma folha em branco à busca de sons que pudessem me fazer companhia no silêncio do meu quarto definitivamente é um processo de cura e realização pra mim. E não me sinto mais tão sozinho quando vejo que tudo isso pode ecoar e ressoar no coração de outras pessoas a partir de agora”, diz.
Vem conferir o papo exclusivo pra Backstage:
Como foi o processo criativo do álbum?
Eu escrevo, componho e pré-produzo todas as minhas músicas. Em seguida trabalho a distância com um talentoso produtor / engenheiro de som em São Paulo do estúdio SoundDesign (Bruno Bona) que finaliza as faixas com coprodução e mixagem. A master fica por conta do mago Felipe Tichauer, brasileiro radicado em Miami. Como eu mesmo escrevi minhas canções, tudo é muito visceral e momentos específicos da minha vida sempre acabam tomando conta do processo de produção. Nesse caso, foi desde o falecimento de minha mãe em 2022, até fim de 2023, quando finalmente reergui a cabeça e voltei pro meu eu mais alegre.
Ouça agora o novo álbum:
Você investe muito no visual. Qual a importância pra você desse link com a música?
Ícones do pop como Madonna e Michael Jackson mostraram lá nos anos 80/90 a força que pode trazer um bom videoclipe a uma canção. Apesar disso, estamos mudando drasticamente agora na era TikTok. Eu, se pudesse, ainda gravaria um clipe para cada uma das minhas canções. É algo que me divirto muito fazendo, criando. E quando me junto com artistas, diretores, que são tão apaixonados quanto eu, sempre sai algo muito legal e / ou profundo. Agora resta tentar fazer o mesmo com poucos recursos e com iPhone 🙂
Vemos que você é muito ligado à moda. Sempre curtiu esse mundo e como acha que eles se conectam?
Sempre fui apaixonado pela expressão artística através do vestiário. Acho que morar em Paris me deixou em contato com outros estilos e perspectivas e isso tem influenciado bastante na imagética que trouxemos para o projeto. O eixo central desse sempre foi a música, mas acredito muito na força da interdisciplinaridade: música, moda, audiovisual, entre outras artes, são formas de comunicar uma mensagem musical e/ ou artística. Espero que nosso projeto cresça o suficiente para termos os recursos necessários para continuar explorando ainda mais e melhor esse caminho. Um espetáculo para além da música requer mentes mais brilhantes. A indústria criativa só tem a ganhar.
Você tem dois shows marcados já – um no Rio e outro em SP. Teremos mais agenda em breve?
Recalculamos um pouco a rota desde a turnê de 2023, mas em 2024, representado por um novo escritório, a Uma Produtora, juntos, penso que vamos galgar espaços ainda mais interessantes para levar esse projeto a um público maior.
Quais seus próximos passos?
Pretendo defender esse projeto o máximo possível nos palcos em 2024 / 2025, mas, confesso que sempre estou com a mente mais a frente. Já estou pensando num terceiro álbum, mas esperando como será a receptividade em relação a estilos que tenho explorado no segundo. Estarei muito atento nessa troca com o público que já segue a gente. Parado sei que não ficarei (brinca)
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