No dia 18 de abril, a banda carioca Gas Dance, que estampa nossa capa digital, lança seu novo EP, “Five New Faces”, em todos os aplicativos de música, pela Marã Música. O trabalho marca mais um passo na nova fase do grupo, que une o que já conquistou em seus álbuns anteriores ao frescor de novas experimentações sonoras.
Composto por duas faixas inéditas e duas já conhecidas do público, o EP oferece uma narrativa que atravessa a intensidade emocional, a introspecção e a energia dançante. As faixas inéditas, “Five New Faces” e “Slow Dance”, se juntam a “Lovin’ Thang” e “Waiting for Something to Show (That It’s Just Not Going To)”, e funcionam como um prelúdio para o próximo álbum da banda, também intitulado “Slow Dance”.
“Cada faixa tem sua identidade, mas há uma coesão sonora que une todo o EP”, explicam. “Five New Faces”, que dá nome ao projeto, apresenta uma energia mais contida, com um riff de guitarra que transmite liberdade. Já “Slow Dance” é uma balada melancólica sobre amor e luto, com uma pegada country e cadência emocional.
A já lançada “Lovin’ Thang” traz um contraste dançante e irreverente. “É um convite para quebrar barreiras e abraçar a autenticidade, mesmo quando tudo parece descompassado.” Por fim, “Waiting for Something to Show (That It’s Just Not Going To)” mantém a identidade sonora da banda enquanto contribui com sua própria carga emocional ao conjunto.
O processo criativo do EP foi marcado por espontaneidade e resgate. E para registrar esse momento especial, a banda prepara um videoclipe na estrada, que será gravado durante a turnê de abril por São Paulo. “Vamos fazer dois shows por lá e o videoclipe promete combinar nossa paixão pela estrada e pela música!”
Datas dos shows:
- 24 de abril – Bar Alto
- 28 de abril – Casa Lab
A Gas Dance é uma banda 100% independente, que grava, produz, mixa e lança sua música de forma caseira, inspirada na cultura DIY e lo-fi. O som deles mistura influências modernas com guitarras setentistas, sintetizadores, pianos elétricos, órgãos e melodias vocais cativantes. Desde 2018, lançaram dois álbuns – “Gas Dance” e “California Dreaming” – e agora se preparam para seu terceiro e mais ousado disco: “Slow Dance”.
Gas Dance convida todos a embarcar nessa jornada de sentimentos com o EP “Five New Faces” – um trabalho que abre caminhos para o novo álbum, ao mesmo tempo em que reafirma a identidade de uma banda que sabe como transformar emoção em música.
Para saber todos os detalhes do novo projeto, confira uma entrevista exclusiva:
O lançamento do EP Five New Faces traz uma nova fase para a banda, unindo suas conquistas passadas com novas experimentações sonoras. Como vocês equilibram essa transição entre o que já conquistaram e as novas direções musicais que estão explorando?
Nós sempre tentamos equilibrar essa transição de forma natural. Tudo o que já lançamos faz parte da nossa identidade, mas sentimos que chegou o momento de explorar outras formas de expressão sonora, sem perder a identidade que liga todos os nossos trabalhos. O EP “Five New Faces” é justamente sobre isso: olhar pra frente sem esquecer o caminho que nos trouxe até aqui. O equilíbrio vem de respeitar o que já construímos, mas também de manter uma certa inquietação criativa que nos empurra pra lugares novos.
A faixa “Slow Dance” tem um significado muito pessoal para vocês, especialmente após a perda da mãe do Thalys. Como a experiência de compor essa música ajudou vocês a lidar com a dor e a transformá-la em algo tão emocional e profundo?
“Slow Dance” surgiu num momento muito delicado da vida do Thalys, e a gente sentiu desde o começo que essa música carregava algo muito íntimo, mas ao mesmo tempo universal. A dor da perda é algo que todo mundo passa em algum momento, e transformar isso em arte foi quase terapêutico — não só pra ele, mas pra todos nós. Ao trabalhar juntos nessa faixa, conseguimos canalizar sentimentos difíceis em algo belo, e é isso que torna ela tão especial no EP. Ela representa cura, memória, e uma forma de seguir dançando mesmo depois da tempestade.

O EP apresenta uma mistura de intensidades emocionais e ritmos dançantes, como em “Lovin’ Thang”. Como vocês conseguem manter essa dualidade de sentimentos em um único trabalho e fazer com que cada faixa, mesmo com sonoridades diferentes, se conecte de maneira coesa?
Essa dualidade é algo que a gente vive constantemente como pessoas e como banda. Tem dias que tudo pesa, e outros que só queremos dançar pra esquecer. A gente não quis escolher um só caminho no EP, preferimos abraçar essa contradição e deixar que ela se refletisse nas músicas. O que une tudo é a sinceridade com que cada faixa foi feita, mesmo quando o som muda, a essência permanece, são todas partes da mesma conversa, do mesmo momento de vida. Isso dá ao EP uma coesão emocional que vai além do estilo.
Vocês gravam e produzem todo o material de forma independente, com uma forte influência da cultura DIY e lo-fi. Como essa abordagem impacta o processo criativo da banda e o som que vocês têm buscado explorar ao longo dos anos?
Gravar e produzir tudo por conta própria é desafiador, mas também extremamente libertador. O DIY nos dá a liberdade de experimentar sem pressão, de errar e acertar do nosso jeito. E o lo-fi não é só uma estética pra gente, é também uma forma de tornar o som mais humano, mais próximo de quem está ouvindo. Essa abordagem influencia diretamente o que criamos, acreditamos que a música não pede perfeição, mas sim verdade, a perfeição na música é algo pra sempre se almejar e nunca alcançar, e é isso que queremos passar, algo imperfeito, mas real e emocionalmente honesto.
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