Relief na Backstage Digital | Ed. 11

Musicalmente, “Projeção Consciente” mescla o peso característico do Hardcore tradicional, que marcou o início da Relief, com tons melódicos mais presentes, criando uma evolução natural na sonoridade da banda

Estampando a nossa nova capa digital, a banda paulista Relief está a um passo de lançar seu novo single “Projeção Consciente”, que chega a todas as plataformas digitais no próximo dia 6 de setembro pela Marã Música. A música traz uma reflexão profunda sobre as complexidades das relações humanas, abordando o ditado “a grama do vizinho é mais verde”. 

Em entrevista, eles contam mais detalhes sobre as inspirações por trás dessa letra impactante, que nasceu de experiências pessoais e observações dos membros sobre as dinâmicas sociais e emocionais desiguais.

Eles também falam um pouco da evolução sonora que trazem nesse novo trabalho, onde o peso tradicional do Hardcore se encontra com uma abordagem melódica cuidadosamente elaborada. Sem muitos spoilers, confira a entrevista completa e se prepare para o lançamento nesta sexta-feira (06):

Projeção Consciente” explora a reflexão de um indivíduo que percebe estar lutando as batalhas dos outros enquanto suas próprias são ignoradas. O que inspirou vocês a abordar esse tema na letra e como ele ressoa com as experiências pessoais dos membros da banda?

A inspiração surgiu das próprias vivências do dia a dia dos membros da banda, muito atreladas às relações sociais e pessoais que pairam cotidiano das pessoas (relação de trabalho, relacionamento, amizades), mas com enfoque nas relações desiguais (no quesito doação: enquanto um sujeito se doa demais pelo outro, o outro só se coloca no papel de rebaixar o sujeito).

Já a questão específica do nome “projeção consciente” veio de uma animação que o vocalista viu na internet, no qual a pessoas saia do seu corpo e enxergava a sua própria realidade, mas que no mundo real ela não conseguia enxergar.

A sonoridade de “Projeção Consciente” mistura o peso característico do Hardcore tradicional com uma abordagem melódica mais presente. Como vocês chegaram a essa evolução natural no som da banda e o que esperam que os fãs sintam ao ouvir essa nova faixa?

As primeiras composições da banda surgiram de uma maneira muito natural, muito orgânica e, de certa forma, pouco planejada.

Já este novo single, com a banda já mais madura e cada membro entendo melhor a dinâmica dos outros, o processo foi um pouco mais demorado, complexo e, principalmente, elaborado para além de trazer o que naturalmente vinha dos músicos, mas buscando trazer um “algo a mais” no som.

Dito isso, enxergamos essa evolução não sob um aspecto “natural”, mas sob um aspecto de evolução e comprometimento dos membros da banda desde a composição, passando pela pré-produção, produção e lançamento.

O que esperamos que os fãs sintam ao ouvir a música é esse amadurecimento da banda e também a percepção de que cada parte da música foi muito bem pensada para estar onde está. Além disso, também queremos que os fãs tenham a percepção que a banda buscou entregar nessa música mais melodia, com diversas variações melódicas, mas sem deixar de lado o peso que foi a base dos seus primeiros lançamentos.

A produção independente do single contou com a mixagem e masterização de Marcelo Guerreiro, um colaborador frequente da banda. Como foi trabalhar novamente com ele e de que forma sua contribuição ajudou a moldar o som final de “Projeção Consciente”?

A participação do “Guerreiro” foi fundamental. Falamos isso porque, todos os membros da banda estavam mais acostumados a trabalhar com produtores que são mais voltados para o meio do HC e metal.

Mas dessa vez optamos por trabalhar com um grande amigo da banda e que possui outras vivências, outras experiências, outras referências, mas, principalmente, muito conhecimento técnico.
Isso foi fundamental para cada tomada de decisão que tivemos com cada trecho da música, escolha de timbres e caminhos na mixagem (e acreditem, foram muitas discussões até chegarmos no resultado final).

O videoclipe de “Projeção Consciente” mistura cenas de shows com elementos de inteligência artificial. Como foi o processo criativo por trás dessa produção visual e o que vocês esperam transmitir ao público com essa combinação inovadora?

A ideia de trabalhar com “AI” veio do Leo, que, além de guitarrista é diretor e produz todos os conteúdos visuais da banda. Ele veio com essa proposta para que pudéssemos representar e ilustrar de maneira lúdica o conceito da música, sempre temos muito apego estético nas nossas produções e esse foi o recurso escolhido da vez.

Já as imagens reais de show vem para passarmos um pouco da nossa energia no palco e dar um gosto de como são os nossos shows.

O maior desafio foi encontrar uma linguagem e estética que unificasse essas imagens de universos distintos. Acho que, no final, o resultado foi melhor do que esperávamos (risos).

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