Sofia Gayoso, Lukete e Duailibe na Backstage Mag | Ed. 59

A nova capa digital da Backstage Mag acaba de chegar! De uma conversa despretensiosa entre amigos de longa data surgiu a inspiração para “Me Procura”, single recém lançado pela cantora e compositora Sofia Gayoso com o cantor, poeta e ator Lukete (“Mar do Sertão” e “No Rancho Fundo”, rede Globo) e a produção de Duailibe. O single equilibra desejo e deboche já pode ser conferido em todos os aplicativos de música, além de contar com um lyric video, disponível no canal do YouTube dos artistas.

Em entrevista à Backstage Mag, Sofia Gayoso, Lukete e Duailibe contam mais sobre a mistura do humor típico da cultura paraibana com um beat dançante, as referências às gírias locais e até uma pitada de francês, que marcam “Me Procura”. Além de outros detalhes desta produção e suas carreiras. Confira:

Backstage Mag: Que momento ou frase dessa ‘resenha’ entre amigos virou o gatilho para transformar aquela brincadeira em música?

Lukete” Nós estávamos brincando de freestyle, acabamos encontrando uma melodia vocal e começamos uma brincadeira de rimas com “tatame”, “me ame, “Danone”, “me lambe” e isso acabou sendo o nosso gatilho pra composição dessa música. 

BM: A música tem um refrão ‘chiclete’ e um clima de humor, mas também fala sobre desejo e reencontros. O quanto tem de experiência pessoal nessa composição?

Sofia: Na verdade, essa música não surgiu de uma vivência pessoal nossa, mas de uma narrativa que criamos para ela, mas que acaba sendo uma situação que todo mundo já pode ter vivido em algum momento da vida. Deixamos que as sensações nos guiassem pra construção da história contada na letra, que é a de um casal que se separou e que ainda busca voltar, busca o perdão. 

BM: Vocês conseguiram traduzir muito bem a leveza e o humor paraibano na letra. Como foi o processo criativo e de que forma as gírias e expressões ajudaram a construir o tom da música?

Lukete: Essas gírias e expressões vieram de uma forma muito natural também. Mas, claro, que utilizamos por uma vontade de carimbar nosso sotaque, nossa forma de expressar e usar palavras que estão no nosso dia a dia. 

Sofia: O processo criativo foi muito leve e orgânico, como uma brincadeira de improviso entre amigos.

Foto: Helton Nobrega

BM: Nesse clima espontâneo, houve algum momento inusitado ou engraçado na gravação que só aconteceu porque vocês três já se conhecem tão bem?

Sofia: O fato de sermos amigos e termos intimidade fez com que tudo fluísse muito espontaneamente e tornou tudo mais descontraído. Enquanto Duailibe estava fazendo a produção de “Me Procura”, por exemplo, eu e Lukete já estávamos começando a compor uma outra música.

BM: Sofia, você mencionou que está em um momento de transição, se preparando para um álbum mais acústico e introspectivo. “Me Procura” encerra essa “era” de pop dançante? O que o público pode aguardar da nova fase que vem aí?

Sofia: Em breve, vou apresentar meu EP “Diferente – acústico” que introduz uma nova era mais conectada com o lado acústico das minhas raízes. Um pouco mais de MPB, com algumas faixas dançantes também. O próprio acústico mistura brega com arroxa e MPB.  Será uma mescla pop regional, mais orgânica.

BM: Lukete, como poeta, você tem uma forma muito particular de brincar com as palavras. O que mudou na escrita quando você transporta essa poesia falada para o universo musical?

Lukete: Realmente, mudam algumas coisas. A música vem com a melodia, às vezes a frase vem através de um flow, com uma levada e aí eu vou preenchendo com poesia. Também faço a transposição de poesias para música, mas muitas vezes vem desses ‘estalos’ melódicos.

BM: Duailibe, como foi o processo de encontrar esse equilíbrio sonoro, nessa mescla de estilos, sem perder a identidade nordestina e dançante da faixa?

Duailibe: Eu acho que a identidade nordestina vem do sotaque de Sofia e Lukete, das expressões usadas na letra e também da batida que remete ao brega funk, um ritmo que nasceu em Pernambuco. A música, em si, é uma grande mistura de influências que se comunicam: o brega funk conversa com o zouk, que conversa com o reggaeton, que conversa com a lambada francesa. Todos esses estilos eu escutava muito no período de produção de “Me Procura”, o que influenciou bastante na direção e no balanço da música.

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