Na capa da nova edição da Backstage Mag, banda carioca Sound Bullet, chega para contar sobre o novo lançamento. Nesta sexta-feira (12), o grupo estreia em todos os aplicativos de música, pela Marã Música, o single “When It Goes Wrong (Acoustic)”, uma releitura especial que celebra os 10 anos da canção que marcou sua trajetória. A faixa ganha arranjos inéditos com a Nova Orquestra e participação da cantora Fê Smania, além de um vídeo ao vivo que será disponibilizado no mesmo dia, às 11h.
Lançada antes mesmo da formação oficial como Sound Bullet, esta música representou um divisor de águas, sendo a gravação para o projeto Converse Rubber Tracks. Essa iniciativa proporcionou à banda a oportunidade de gravar no renomado estúdio Toca do Bandido, abrindo portas para alcançar ouvintes globalmente. Dez anos após seu lançamento original, a banda decidiu revisitar esta obra, criando essa nova versão em colaboração com a Nova Orquestra. A regravação adicionou novos elementos e transformou a música, contando ainda com a participação especial de Fê Smania, que conferiu um toque ainda mais singular à composição. A nova versão traz uma atmosfera delicada e contemplativa, em contraste com a energia marcante da gravação original.
A composição da faixa antecede a própria existência da Sound Bullet. O cantor e guitarrista, Guilherme, a criou antes mesmo da banda existir, com uma versão perdida datada de 2008 que não seria mais encontrada. A criação musical, por sua vez, foi concebida com foco no projeto com a orquestra, buscando combinar espaços, elementos e texturas, sempre priorizando a canção e suas melodias.
O clipe, gravado ao vivo no estúdio, também traduz a energia colaborativa do projeto. “Foi uma gravação ao vivo, então foi uma situação bastante divertida. É sempre legal tocar com outros músicos e ver a sua interpretação das nossas músicas. Com a Nova Orquestra não foi diferente, além de ser bem divertido contar com eles no estúdio mesmo. E é claro que a Fê Smania trouxe um clima bastante especial para o vídeo e para todo esse processo, com muita animação.”
Formada no Rio de Janeiro em 2009, a Sound Bullet carrega uma identidade marcada por um indie-rock dançante que mescla influências do post-punk revival, rock alternativo e math rock. A banda surgiu a partir do projeto universitário do cantor e guitarrista Guilherme Gonzalez, que mais tarde se consolidou com Fred Mattos (baixo), Rodrigo Tak-ming (guitarra), Henrique Wuensch (guitarra) e Bruno Castro (bateria). Reconhecida por sua energia ao vivo, guitarras pulsantes e vocais expressivos, a Sound Bullet construiu uma sólida base de fãs no Brasil e no exterior, mantendo sua essência inquieta e criativa ao longo de mais de uma década de estrada.
Confira a entrevista sobre este novo trabalho:
“When It Goes Wrong” foi a primeira gravação de vocês e agora completa 10 anos. Como é revisitar uma faixa tão importante para a trajetória da banda com uma nova roupagem?
É como testar um novo sabor em um bolo que você comia quando era criança. A gente sabe como é essa música (tocamos milhões de vezes), então como seria adicionar um tempero especial diferente? É exatamente assim que a gente se sente. Relembrar e aproveitar para experimentar sem perder quem nós somos de vista.

A parceria com a Nova Orquestra e a participação da Fê Smania trouxeram novos elementos para a música. Como foi o processo criativo e a troca com esses artistas?
Falando da Fê, foi algo muito natural, ela pegou a música de uma hora pra outra, bem fácil. Foi realmente divertido poder ter uma coisa meio aquele filme “Once” nos vocais, brincar com harmonias com alguém tão talentosa.
Já a Nova Orquestra dispensa comentários. Todo o trabalho de criar um arranjo, ensaiar e poder nos conectar com pessoas que trabalham com música clássica e popular de forma tão inovadora e divertida.
E nos demos muito bem com eles ao vivo, a conexão na gravação rolou facilmente, então pudemos trabalhar coisas específicas, testar e experimentar na hora mesmo.
A versão original tinha uma energia dançante e marcante, enquanto a nova é mais delicada e contemplativa. O que motivou vocês a explorar essa dualidade sonora?
Vem aí uma outra versão dançante também, fiquem no aguardo. Mas o objetivo era poder experimentar uma faceta mais acústica e suave, com tranquilidade em oposição ao agito da original. Inicialmente, ela era 100% acústica, mas fomos adicionando elementos, contamos com a Nova Orquestra para adicionar camadas e tudo deu muito certo.
A Sound Bullet já ultrapassa uma década de carreira, mantendo uma identidade própria no indie-rock brasileiro. Como vocês enxergam a evolução da banda desde 2009 e quais caminhos ainda desejam explorar?
Nós somos uma banda de amigos que gostam de música e, por isso, a gente vai experimentando e trabalhando tudo o que dá ao longo desses anos. A gente aprendeu a ser banda na raça lá no início, conquistou coisas importantes na época do lançamento original de WIGW e, agora, a gente vai testando oportunidades e caminhos. Queremos trazer novos elementos, novos instrumentos e criar coisas diferentes umas das outras. Acho que a única coisa que a gente não quer é fazer igual no próximo lançamento.
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