Estampando a nova capa da Backstage Mag, o cantor e compositor Tony Creek celebra o lançamento de “Raging Bullet”, single que reafirma sua proposta de unir o rock alternativo à estética cinematográfica que marca toda a sua trajetória. Em entrevista exclusiva, o artista fala sobre o prazer de ver sua arte “ganhar asas e se jogar no mundo” e revela como a faixa nasceu de uma imagem poderosa: um soldado em uma trincheira, sob a chuva, buscando paz em meio ao caos, uma metáfora que reflete tanto a canção quanto sua própria jornada pessoal.
Inspirado pelo “MTV Unplugged” do Nirvana, Tony explora em “Raging Bullet” a dualidade entre o peso do grunge e a leveza melódica, criando uma sonoridade intensa, mas profundamente emocional. Ele conta que gosta de incluir elementos sonoros como ventos, chuvas e ruídos de fundo em suas produções, construindo paisagens que dialogam diretamente com o cinema, influência que vem de sua formação em publicidade e produção audiovisual.
Durante a conversa, o artista também comenta sobre a mensagem da faixa, que fala sobre como o ódio pode destruir sonhos, mas traz uma reflexão sobre superação e redenção. “O gosto está justamente na jornada e na vitória sobre as dificuldades”, afirma. O single antecipa o álbum “Monolith”, previsto para este ano, reunindo os lançamentos de Tony desde 2023 e marcando uma nova fase criativa, com o equilíbrio entre o acústico e o elétrico, o peso e a sutileza.
Encerrando, Tony compartilha os planos de concluir o ciclo do disco até o fim de 2025 e já adianta que novas composições estão a caminho. Com “Raging Bullet”, ele consolida seu estilo visceral e poético, traduzindo em som e imagem a intensidade de quem transforma a própria vivência em arte.
Confira a entrevista completa:
Você acabou de estrear “Raging Bullet”. Como está sendo ver esse trabalho no mundo?
É uma grande satisfação! A gente sempre gosta de ver nossa arte ficar pronta, ganhar asas e se jogar no mundo.

“Raging Bullet” tem um caráter bastante visual, quase como uma trilha sonora de um filme. De onde vem essa relação tão forte entre sua música e o universo cinematográfico?
A obra do Tony Creek tem uma característica muito cinemática como um todo, eu sempre fui um contador de histórias e na música esse enredo aparece de maneira mais fluida. Gosto de colocar folleys nos meus sons, elementos sonoros como ventos, chuvas, ruídos de fundo, etc. Acredito que isso da mais profundidade e uma característica única. Tenho uma relação bem forte com o cinema, apesar de eu ser publicitário de formação, eu também tenho técnico em produção de filme e pode ser que essa inspiração venha daí.
A faixa nasceu a partir de uma imagem muito específica, um soldado em uma trincheira, sob a chuva. Você costuma criar suas composições a partir de imagens mentais intensas?
Parando para pensar, as letras do Tony Creek de certo trazem um teor poético e intenso, pode ser uma válvula de escape para a loucura que a gente passa no dia a dia. E a Raging Bullet não poderia ser diferente, um soldado em meio a uma guerra de trincheira com seu violão tocando um som intenso, com atitude de vencer, buscando a paz no final da jornada tem muita relação com o que busco para a minha vida.
O single traz uma mensagem sobre como o ódio pode destruir sonhos, mas também fala de superação. Que tipo de reflexão pessoal te levou a essa dualidade entre dor e redenção?
Acredito que pra alcançar o que a gente busca nunca é fácil, exige esforço e muita disposição para vencer. O gosto está justamente na superação e na jornada que nos levam a vitória, se não houvesse esse fator talvez não seriamos tão agradecidos ou não daríamos a mesma importancia para nossos conquistas do dia a dia.
O grunge está muito presente na música, mas há também uma delicadeza melódica. Como você enxerga esse equilíbrio entre peso e leveza na sua obra?
Esse é uma característica que eu busco no meu som, intensidade, mas com sutileza. Esse acerto entre o grunge “quadradão” com o fim mais melódico se desenvolve no decorrer do som com o próprio desenrolar da letra, terminando em um tom maior, da mesma forma como no final de toda guerra o objetivo é a paz.
O Nirvana é uma referência marcante em “Raging Bullet”. Existe alguma faixa ou momento específico do MTV Unplugged que te tocou de forma especial e influenciou esse processo?
O álbum MTV Unplugged do Nirvana é um dos meus favoritos, nele está muito claro essa característica da intensidade do grunge com a sutileza melódica, é uma grande referecia para o som que busco hoje e no futuro. Os sons “Polly” e “Where Did You Sleep Last Night” com certeza entrem como inspiração para a Ragin Bullet.

Você sente que “Raging Bullet” representa um ponto de virada ou amadurecimento dentro do que virá no álbum Monolith?
Com certeza! O Album Monolith é um compilado dos singles que o Tony Creek veio lançando desde 2023, e é muito claro a evolução de estilo de música além de como foi aparecendo características sonoras que vieram para ficar. O mix entre acústico e elétrico, a atitude do rock com a sutileza melódica, letras cinemáticas com um aspecto “on the road”, não foi planejado efetivamente, mas veio de forma natural nas nossas produções.
Quais os próximos passos da carreira?
Queremos fechar o ano de 2025 com o lançamento de todas as musicas do álbum, para a partir do ano que vem pensar nas próximas produções, por que a fila de músicas para sair do papel está grande! Podem aguardar que vem coisa boa nova a partir do ano que vem!


+ There are no comments
Add yours