Mochita na Backstage Digital | Ed. 63

Em um momento de expansão criativa e renovação estética, o cantor e compositor Mochita, que estampa a nova capa digital da Backstage Mag, celebra o lançamento de seu novo single, “Tanto Faz”, que chega às plataformas pela Marã Música inaugurando uma fase mais ousada de sua carreira. A faixa mergulha em uma combinação inusitada de bossa nova com atmosfera circense, revelando um universo onde o lúdico, o sarcástico e o obscuro coexistem de maneira orgânica, um território sonoro que o artista explora pela primeira vez em carreira solo.

É justamente essa dualidade entre leveza e intensidade emocional que marca o novo capítulo de Mochita e o coloca em destaque na cena atual. Com versos que transitam entre ironia, confissão e libertação, “Tanto Faz” traduz a transformação de um momento de ruptura em arte, ecoando o desapego, a aceitação e a capacidade de enxergar poesia até nos ciclos que chegam ao fim. Um lançamento que não apenas abre portas para novas experimentações, mas também aprofunda sua identidade musical.

Mochita é a nova capa digital da Backstage Mag, celebrando um artista que não tem medo de arriscar, misturar referências e subverter expectativas. Seu novo trabalho, acompanhado por um lyric video conceitual assinado por Tuco, o mesmo artista por trás do visual de “Kintsugi”, amplia ainda mais a força estética desse momento, reforçando o espírito livre, imprevisível e quase aleatório que permeia todo o projeto.

Nesta entrevista exclusiva, Mochita abre o jogo sobre o processo criativo da faixa, o contexto emocional que deu origem à composição, a simbologia por trás do “tanto faz” e as camadas de ironia, dor e humor que moldam sua nova fase. Uma conversa que revela, além do artista em ascensão, um observador sensível das próprias impermanências, sempre disposto a transformá-las em música. Confira agora:

Como surgiu a ideia da música?

A ideia da música surgiu a partir dos acordes que depois se tornaram o refrão. Eu estava brincando com acordes num estilo meio bossa nova, e só depois surgiu a vontade de trazer esse clima mais circense por conta da letra, que tem um lado meio sarcástico. Durante a gravação, conversando com o Marquinhos — o baterista — acabamos trazendo essa dinâmica mais “circense”, e isso deu uma identidade especial pra música. Misturar esses dois elementos, que eu nunca tinha explorado juntos, tornou tudo mais interessante.

O que estava acontecendo na sua vida quando você escreveu “Tanto Faz”?

Na época eu estava vivendo um relacionamento que, no começo, parecia que ia pra frente, mas por questões físicas e emocionais acabou ficando preso num lugar de pouca reciprocidade. A sensação era de que ambos chegamos nesse estado de “tanto faz”. E, ao mesmo tempo, isso trouxe um certo alívio — porque a gente estava tentando fazer funcionar, mas chega um momento em que você percebe que não está mais nas suas mãos. Existe um soltar. A música fala exatamente dessa dinâmica: a tentativa, mas também essa brincadeira com o fato de que, no fim, está tudo bem independentemente do resultado.

O que significa “tanto faz” pra você hoje?

“Tanto faz” representa aceitar o que está acontecendo em vez de resistir e tentar controlar o resultado — no relacionamento e na vida em geral. A gente planeja, tenta fazer tudo dar certo, mas existem muitas variáveis. O mais importante é atravessar essas situações com desapego e aceitação. O que tiver que acontecer, vai acontecer.

Qual foi a intenção por trás do visual do lyric video?

Conversando com o Tuco, o animador, percebemos esse lado sarcástico e circense da música, e as colagens ajudaram a trazer esse aspecto lúdico e brincalhão. Isso deu uma leveza para o vídeo: mesmo falando de um relacionamento que não deu certo, a ideia era mostrar que, no fim, é tudo um jogo. Ganhar ou perder… tanto faz.

Ouça agora o novo single:

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