Banda Mad Sneaks na Backstage Digital – Ed. 7

A banda Mad Sneaks continua a surpreender e encantar seus fãs com sua energia autêntica e som inconfundível. Em uma entrevista exclusiva para a Backstage Mag, a banda compartilhou detalhes sobre a experiência transformadora de trabalhar com Page Hamilton na produção do single “Void Space”, que chega em todos os apps de música nesta sexta-feira (12), pela Marã Música. Hamilton, um ícone do rock alternativo e líder da banda Helmet, trouxe uma nova dimensão ao processo criativo da Mad Sneaks, resultando em uma colaboração memorável que fortaleceu ainda mais os laços da banda com sua música e com os fãs.

Na conversa, os membros da Mad Sneaks descreveram a dinâmica no estúdio como uma troca genuína de ideias e inspirações, onde foram tratados como amigos desde o início. A experiência reforçou o espírito colaborativo e a paixão pelo rock que define a banda, resultando em uma produção musical que reflete a profundidade e a autenticidade de suas emoções. Além disso, eles exploraram como a comunicação com os fãs, incluindo uma conversa significativa que inspirou a letra de “Void Space”, continua a influenciar e moldar seu som, reafirmando seu compromisso em criar músicas que ressoem com as experiências e sentimentos de seu público.

Leia o bate-papo completo abaixo!

Vocês descreveram a experiência de trabalhar com Page Hamilton como uma das maisincríveis que já tiveram. Como foi a dinâmica no estúdio com ele e quais foram as principaiscontribuições deleparao single “Void Space”?

    O Page e a Helmet sempre fizeram parte da nossa história como apreciadores de música pesada. Antes de sonharmos em conhece-lo, nós já ouvíamos suas músicas e talvez esta seja uma das partes mais incríveis de se imaginar, do quão poderosa é a Arte e do que ela pode proporcionar, um dia você está ouvindo e admirando músicas e artistas, ou até mesmo festivais e eventos e num outro dia você está fazendo parte daquilo. Quando a “ficha cai” e a gente se dá conta do que aconteceu, da dimensão de tudo, isso soa assustadoramente incrível! Nossa dinâmica no estúdio foi uma troca absoluta. Não houveram, em momento algum, nenhum tipo de diferenças, estrelismos ou nada do tipo. Fomos recebidos como amigos, o recebemos como amigo também e isso nos fez ficar totalmente confortáveis em trabalharmos nossas ideias.

    Nós chegamos no estúdio várias horas antes do agendado, deixamos tudo o mais adiantado possível, gravamos as linhas guias de guitarras, tudo da maneira mais tradicional possível. Depois buscamos o Page no hotel, já nos familiarizamos durante o curto trecho entre o hotel e o estúdio. Quando chegamos no estúdio, ele disse que queria nos ver tocando a música ao vivo, colocou um fone de ouvido e uma cadeira bem no meio da sala entre nós, plugamos nossos instrumentos e tocamos. Ao longo do processo, a gente conversava sobre arranjos, pontos que podíamos acrescentar ou tirar e assim fomos lapidando a música, juntos. Foi a primeira vez que trabalhamos uma música desta forma, totalmente fora do nosso estado de conforto, junto de um cara que sempre admiramos e tudo fluiu perfeitamente bem. Ali éramos um só, com apenas um propósito, tocar rock, fazer rock, unidos pela música, pelo rock, pela arte!

    “Void Space” aborda o paradoxo do mundo moderno, onde a comunicação facilitada pelastecnologiasmuitasvezesnãoevitaosentimentodesolidão.Comovocêstransformaramessa ideia em música e qual foi o impacto da conversa com a fã na composição da letra? 

    Receber feedbacks é sempre algo muito gratificante e desafiador para qualquer artista. Já ouvimos coisas bem legais ao longo da nossa carreira, alguns dizendo que nosso show foi o melhor de suas vidas, outros dizendo de alguma forma a entrega dos shows era algo que lavava a alma. Claro que isso muitas vezes é um grande combustível para o artista seguir criando cada vez mais, mas quando ouvimos que nossa música fez uma pessoa se sentir amparada e perceber que não está sozinha nesta jornada, isso foi algo que mexeu com a gente, porque era exatamente isso que nós sentíamos e ainda sentimos quando ouvimos muitos artistas que nos identificamos e é este tipo de mensagem que nós sempre tentamos passar, de que Não importa quem você seja, o que você tenha, ou de como o mundo te olha, você NUNCA vai estar só, sempre existirá outras pessoas com gostos, medos, prazeres e pensamentos parecidos com o seu. Isso nos faz entender que absolutamente ninguém é melhor que ninguém e que todos os seres merecem seu espaço e que estejam exatamente onde e como quiserem estar.

    Após uma reflexão profunda como esta, sinceramente, a letra veio de uma forma um tanto quanto natural, vivemos o que acreditamos e quando as coisas são feitas de forma sincera, elas fluem de forma natural.

    A sonoridade de “Void Space” foi descrita como resultado de uma necessidade de expressão e desabafo. Vocês poderiam nos falar mais sobre o processo criativo da banda ecomovocêsgarantem quecadamúsicasoeprazerosae divertida?

    Na Mad Sneaks nós só temos duas regras: A primeira é que tudo sempre tem de ser divertido e prazeroso e a segunda é que não há regras!

    Essa filosofia, é para que sempre sigamos livres e sempre com um sorriso no rosto, caso contrário, estaremos falhando em algum ponto. Somos uma banda de amigos, formada entre amigos dividindo os mesmos sonhos, não temos este projeto visando glamour, fama ou qualquer ilusão que ainda se vendem por aí. Estamos nessa, porque gostamos de estar juntos tocando! E acreditamos nisso!

    Nossas expressões em forma de desabafos, é justamente para que essa nossa amizade se amplie cada vez mais com as pessoas que ouvem nossas músicas, se identificam com a gente e assim, a gente vai se tornando uma família em prol da arte na qual acreditamos e vivemos.

    Nossa intenção não é ser somente uma banda, mas sim uma irmandade!

    Como somos livres e expomos livremente nossas ideias, também não temos regras para processos criativos ou fórmulas engessadas. Para a arte não se pode impor regras, acreditamos que a partir do momento que se coloca regras para qualquer tipo de arte, estamos limitando o artista e comprometendo sua obra! Pode soar meio louco, mas acreditamos que a arte quem escolhe o artista para ser o seu intermediário, cada uma escolhe o artista e suas habilidades, de acordo com suas próprias necessidades de serem concebidas.

    Vocês já trabalharam com grandes nomes como Jack Endino, Toby Wright e agora PageHamilton. Como essas colaborações influenciaram a evolução do som da Mad Sneaks e quaissãoos próximospassosda banda após o lançamento de “VoidSpace”?

    Quando nosso nome se envolve de alguma forma com outros nomes já consolidados no cenário, é inegável que se cria uma sensação de responsabilidade da nossa parte para que trabalhemos duro e assim fazermos jus a estes trabalhos. Felizmente, fomos muito bem recebidos, mantemos um ótimo grau de contato e amizade com cada um deles.

    Em cada processo que nós trabalhamos, nós mantemos da forma mais humilde possível, no sentido de sempre estarmos abertos a aprender e evoluir cada vez mais, consequentemente isso também nos ajuda a somar. Cada experiência que vivemos, temos um novo aprendizado e isso interfere diretamente nos trabalhos futuros. Nossa música é nossa arte e a arte imita a vida e vice-versa. Assim como a vida, a arte também é um somatório de memórias e experiências. Quanto mais se vive, mais se inspira; quanto mais se inspira, mais se cria; quanto mais se cria, mais dá vontade de continuar vivendo. E assim se forma um ciclo e é nesse ciclo que a arte escolhe seus artistas como seus intermediários.

    Na sequência do lançamento do single de “Void Space”, nós iremos lançar um documentário que registramos de todo o processo da gravação junto com o Page Hamilton, com depoimentos e cenas inéditas. Provavelmente um videoclipe também virá. E claro, shows!

    Queremos tocar! Queremos expandir nossa família cada vez mais! Desde já, sintam-se parte da Família Mad Sneaks!

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