A cantora, compositora e artista multifacetada Cayarí, que estampa a nova capa digital da Backstage Mag, está prestes a lançar seu mais novo single, “Energia Positiva”, no dia 11 de abril, em todas as plataformas digitais, pela Marã Música. A faixa, que promete encantar os fãs e conquistar novos admiradores, mistura elementos de Reggae, Rap, Rock e o canto indígena autoral de Cayarí, criando uma sonoridade única e poderosa, que vai além da música: é uma celebração da conexão com a natureza, com a ancestralidade e com as boas vibrações que nos envolvem.
Com um trabalho que transita entre diversos estilos musicais, Cayarí sempre buscou inovar e, ao mesmo tempo, se conectar com suas raízes. Em “Energia Positiva”, ela combina a leveza do reggae com a energia do rap e do rock, fundindo de forma autêntica e inovadora essas sonoridades com a força da música nativa.
Cayarí é uma artista que não se limita a rótulos. Sua jornada musical começou muito jovem, quando, aos nove anos, entrou para o coral da igreja, em Vitória da Conquista, Bahia. Com o tempo, descobriu sua verdadeira paixão pela música e a cultura urbana, tornando-se a pioneira do Rap Indígena na Bahia e se destacando por sua habilidade única de mesclar o idioma Patxohã, do povo Pataxó, com o português, criando uma fusão musical singular que resgata sua ancestralidade.
A nova faixa, “Energia Positiva”, reflete justamente esse mergulho em suas raízes e sua conexão com a natureza. A letra da canção foi inspirada em sua experiência pessoal e sua conexão profunda com o território baiano.
A criação da música foi um processo natural e fluido. “Estava sentada no sofá, sentindo saudade da Aldeia. Fechei os olhos, me transportei para lá, e a composição simplesmente nasceu”, lembra a cantora. A letra, cheia de leveza e ao mesmo tempo repleta de força, transmite uma mensagem de positividade, amor e autenticidade. “Meu canto é sobre amor, não há o que esconder, externalize o melhor que existe em você”, diz Cayarí.
O lançamento de “Energia Positiva” também representa uma mudança na carreira da artista. A cantora sente que este single é um marco importante em sua trajetória e está ansiosa para levar sua música e mensagem a novos públicos ao redor do mundo.
Com o lançamento de “Energia Positiva”, Cayarí segue reafirmando seu compromisso com a conscientização ambiental, o resgate cultural e o fortalecimento das suas raízes indígenas. Além de sua carreira musical, ela também é uma defensora ativa das causas ambientais e indígenas, com ações concretas que visam fortalecer o diálogo entre o passado e o futuro, entre a tradição e a modernidade.
Para saber mais detalhes do novo trabalho, confira uma entrevista exclusiva com a artista:
“Energia Positiva” traz uma mistura intensa de reggae, rap, rock e canto indígena. Como foi o processo criativo para unir essas sonoridades tão diferentes de forma tão fluida e autêntica?
Quando escrevi essa letra, eu tava num turbilhão de sentimentos… Saudade, nostalgia, ansiedade, e aquele medo batendo de a minha caminhada artística não dar certo aqui em São Paulo. E tudo isso acabou se refletindo na música, tanto na letra quanto no instrumental.
No meu som , e também em quem eu sou, carrego a espiritualidade da minha raiz indígena, o desabafo que vem do Rap, a firmeza e a atitude do Rock’n Roll, e aquele lado mais leve, de paz, união e respeito à natureza que o reggae traz.
Sem contar que eu sou geminiana, né? Então vários lados meus acabam aflorando dependendo do momento.
Você menciona que a natureza e a ancestralidade foram grandes inspirações para essa música. De que forma o território de Caraíva e a Aldeia Mãe influenciaram diretamente essa composição?
De todas as melhores formas! Desde o primeiro dia que comecei minha retomada de identidade indígena (já vai fazer quase uma década). No meu território baiano, me sinto feliz, a vontade. Tenho memórias e pessoas e que me ensinaram a enxergar a vida de um jeito completamente diferente. Já se imaginou ouvindo histórias antigas ao redor da fogueira? É muito inspirador!

Sua trajetória passa pelo coral da igreja, o rap urbano e agora um resgate profundo das raízes Pataxó. Como você enxerga essa “nova fase” que o single marca na sua carreira?
To achando massa demais! Vejo como o começo da melhor fase da minha vida pessoal. Tô realmente começando a ganhar maturidade, firmeza pra saber quem eu sou de verdade! Aprendendo a me impor, a dizer não quando preciso. E toda essa bagagem acaba transbordando no meu trabalho artístico também.
Além da música, você é uma voz ativa nas causas ambientais e indígenas. Como essa militância se conecta com sua arte e com a mensagem que você deseja levar ao público através de “Energia Positiva”?
Não tem como falar de Cayarí sem falar da causa indígena. E não é só no discurso, não. Eu herdei da minha família traços físicos ancestrais muito fortes na aparência, no jeito , que já conectam as pessoas comigo antes mesmo de qualquer palavra.
A mensagem que eu quero passar é de persistência, de acreditar nos sonhos mas também de correr atrás, porque o que cai do céu é chuva.
Quero levar a ideia de união, de manter a energia positiva, mas também de saber se impor e ser firme quando for preciso. E de viver as coisas boas da vida em harmonia com a natureza… porque a gente é parte dela , se ela adoece, a gente adoece também.
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