O Juh na Backstage Digital | Ed. 38

Tem coisas que foram feitas pra acabar, ainda que deixem uma sensação de “quase”. Em seu novo single “Quase Você”, o cantor e compositor O Juh transforma essa frustração de um relacionamento mal resolvido em poesia pop com influências do rock dos anos 2000. A faixa que chegou às plataformas de música recentemente, dá continuidade ao universo sonoro e visual que o artista vem construindo para o álbum “Infinito”, previsto para o segundo semestre de 2025. 

Em entrevista exclusiva para a Backstage Mag, o cantor e compositor conta mais detalhes sobre o projeto e a carreira que viralizou, em 2021, com a canção “Cacto”, feita em homenagem à vencedora do BBB21, Juliette Freire.

“Quase Você” chega como seu novo single e marca uma nova fase da sua carreira. O que esse lançamento representa para você neste momento pessoal e artístico?

É uma música muito especial para mim, uma transição de sentimentos. Eu vinha com músicas mais leves e românticas, e essa representa uma ruptura — mostra que o coraçãozinho não está tão bem assim. Ele ainda sofre, sofre por amor, tem desilusões… e seguimos a vida depois delas. Além disso, traz aquele pensamento: será que, se eu tivesse tomado outras atitudes, a realidade seria diferente ou seria a mesma?

A música fala sobre um “quase amor” e relacionamentos vividos no automático. Essa reflexão veio de uma experiência pessoal ou de observações ao redor?

Veio de experiências pessoais e também de vivências ao redor. Não tem como eu me abster dessa questão. Apesar de cantar para o público, tudo o que acontece comigo está intrínseco em mim. Mesmo que eu não esteja falando de um relacionamento específico, falo, no geral, de várias situações amorosas que acontecem com quase todo ser humano.

Já o videoclipe traz um embate com um boneco que representa a dualidade emocional do personagem. Como surgiu essa ideia e o que você mais gostou de explorar nesse conceito visual?

Essa ideia veio do Raphael Alexandre, diretor do clipe, que escutou e reescutou a música para entender o que ela poderia dizer. O sentimento foi de que aquele boneco representa uma questão mal resolvida. Inicialmente, há uma alegria, mas depois tudo fica conturbado, meio cinza, até raivoso. Isso representa que nem sempre estamos no nosso estado de plenitude, mas que, no final, vai dar tudo certo. “Que sorte a minha”, “que sorte a nossa”.

Você cita influências como Harry Styles e Jão neste novo trabalho. Como essas referências moldaram a estética sonora de “Quase Você” e das próximas faixas?

O mundo pop entrou na minha vida há alguns anos, e venho consumindo com muito gosto esses artistas, tanto na parte estética quanto na musicalidade. O Harry Styles é um performer incrível, os shows dele são de cair o queixo. Então, ouvindo bastante, minha mente naturalmente os usou como referência na composição.

Crédito: Raphael Alexandre

A faixa integra o universo do álbum “Infinito”, previsto para o segundo semestre. O que você já pode adiantar sobre esse projeto e o que o público pode esperar dessa nova era?

Esse será o dia especial do ano! Já estou com tudo pronto, só preciso encontrar o momento certo para lançar. Tem muita música boa. O que eu quero mostrar para o meu público é isso: música boa, para eles se identificarem e curtirem.

Desde “Cacto”, que viralizou com a homenagem à Juliette, até hoje, sua trajetória mostra versatilidade e crescimento. O que mudou no seu processo criativo de lá para cá?

Maturidade. Passei a me encontrar como artista — ou, pelo menos, a buscar esse encontro todos os dias. Meu show como performer e meu show artístico, no geral, vêm mudando sempre uma coisa ou outra. Busco o público como a chave do sucesso. Acessar os corações deles é meu objetivo: entregar afago, amor… algo que toque a alma.

Além da música, você tem uma relação muito forte com a comunicação e o entretenimento. Como essas outras paixões influenciam na forma como você constrói sua carreira musical?

Eu sou do entretenimento. É a base do meu avô, um entertainer por essência. Desde criança, eu fazia piada para as pessoas, gostava de estar em mini palcos, participar de eventos escolares, e por aí vai. Tento trazer isso para as músicas — criando vídeos que ofereçam algo a mais, além do básico “ouça minha música”.

Você já passou por palcos grandes como o João Rock e por programas de TV importantes. Tem algum momento que te marcou profundamente e te fez pensar: “é isso que eu quero para minha vida”?

O The Noite me marcou demais. A galera cantando meu nome sem eu pedir, muitos sem nem me conhecer… Aquilo foi exatamente o momento em que pensei: “Você nasceu pra isso”. Foi incrível.

Para fechar: para quem está conhecendo seu trabalho agora e para quem te acompanha já há algum tempo, qual mensagem gostaria de deixar?

Seja bem-vindo à história de um cantor batalhador que usa a música como transcrição da alma.

Entretenimento

+ There are no comments

Add yours