Ieda Cristino conta detalhes sobre “O Gênio da Lâmpada e o Tempo”

Ieda Cristino, talentosa atriz e profissional multifacetada, tem se destacado no cenário teatral com seu trabalho em diversas áreas da produção artística. Formada pelo curso Técnico da Escola Sesc de Artes Dramáticas (ESAD), Ieda acumulou experiência como produtora, contrarregra e instrutora do Projeto Integrador no Polo Educacional Sesc. Seu comprometimento com o teatro vai além dos palcos, demonstrando uma dedicação integral ao processo criativo e educativo.

Em sua trajetória, Ieda Cristino atuou como assistente de produção e contrarregra em diversos espetáculos, desenvolvendo um profundo entendimento das dinâmicas de palco e dos bastidores. Agora, ela brilha como atriz no espetáculo “O Gênio da Lâmpada e o Tempo”, onde dá vida a personagens cativantes e cheios de história. Nesta entrevista, Ieda compartilha conosco a jornada que a levou a integrar este projeto especial, suas reflexões sobre o teatro para as infâncias e a importância de equilibrar o uso da tecnologia na vida das crianças. Confira agora uma entrevista completa com a artista sobre o trabalho.

Conta um pouco sobre como surgiu a oportunidade de integrar o espetáculo “O Gênio da Lâmpada e o Tempo”? 

Nos conhecemos no curso de artes dramáticas da ESAD, sempre estivemos trabalhando juntos nesse processo, levantamos essa ideia dentro da escola e decidimos levar para todos assistirem esse lindo trabalho.

Fala um pouco sobre seu personagem? Como você se conectou com esse personagem e o que ele representa dentro da narrativa?

Faço dois personagens, seu Amendoeira e Ivone, ambos são da década de 70, seu Amendoeira é o avô de Lorran, um menino que tinha o sonho de conhecer seu pai e seus avós. Seu Amendoeira representa pra mim um homem que ama a família e sempre levou para sua comunidade alegrias, cultura e leveza. A Ivone uma menina de 10 anos que mora na periferia, que vem com a inocência das crianças dos anos 70 enfeitar essa história, trazendo brincadeiras e diversão.

Créditos: Camila Curty

Como foi trabalhar junto com toda a equipe nesse projeto?  

Fizemos um estudo sobre teatro para as infâncias, levantando várias questões importantes para esse trabalho. Gosto muito de trabalhar com esse coletivo, somos todos unidos, temos uma interação ótima. A equipe de trabalho toda tem uma conexão excelente.

Vocês sentem que a peça conseguiu passar a mensagem que queriam sobre a importância de equilibrar o uso da tecnologia na infância?

Sim, tivemos vários feedback dos espectadores, essa história muito bem escrita pela nossa Dramaturga Karla Muniz Ribeiro, ganhou vida e emocionou a muitos, trouxe muitas reflexões sobre o uso de tecnologias, mas sem condená-la, pois o equilíbrio é o mais importante nesse processo reflexivo.

As brincadeiras, a criança viver sua infância e muitas outras coisas lindas, que toda criança precisa ter, amor, atenção dos pais, cuidados, respeito etc.

Como você acha que o espetáculo pode impactar a visão das crianças e dos pais sobre o uso de dispositivos eletrônicos? 

Ao assistir a peça, as crianças conseguem entender através da ludicidade aplicada, as músicas cheias de vida e alegres que encantam a todos, o resgate das brincadeiras. Alcançar a todos numa linguagem simples, autêntica e levando um pouco da nossa infância, fizeram os pais observarem e lembrarem de suas infâncias, trazendo reflexão sobre a falta de tempo, o excesso de tecnologia na infância, a falta de atenção a seus filhos que podem trazer impactos sejam positivos ou negativos em suas vidas.

Como foi o processo de pesquisa sobre o teatro para as infâncias? Foi desafiador?

Bastante desafiador, tivemos muito trabalho de mesa, com leituras de artigos e alguns trabalhos realizados por nosso Diretor Wellington Junior por grandes escritores, buscamos entender a vida das crianças da periferia, o comportamento e as diferentes infâncias no Brasil.

Quais foram as maiores dificuldades enfrentadas na adaptação de brincadeiras tradicionais para um formato teatral? Alguma brincadeira foi particularmente desafiadora de traduzir para a linguagem cênica?

Acredito que o tempo sempre é a maior dificuldade, como mostra na nossa história, controlar e encaixar as brincadeiras dentro do espaço e tempo da dramaturgia. As brincadeiras sempre são momentos maravilhosos, até para nós que somos adultos, são muito importantes na infância, pois elas trazem ensinamentos e construção de valores sociais, culturais e psicológicos.

O que mais surpreendeu vocês durante a apresentação de “O Gênio da Lâmpada e o Tempo”? Houve alguma reação do público ou momento em cena que foi particularmente marcante?

As crianças participando da história, a reação dos pais lembrando e participando conosco. Sim, ver os pais respondendo as brincadeiras que mais gostavam na sua infância com um sorriso no rosto, pois temos momentos de interação com a plateia, algo muito legal nesse projeto. Muito gratificante fazer parte dessa História linda, autêntica e cheia de VIDA.

Créditos: Camila Curty

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