Em meio à intensa fase de pós-produção, Luísa Locher, que assina a direção e atua no curta-metragem “SOLOS“, fala sobre o projeto que nasceu de uma conexão entre amigos e que chega para trazer uma profunda reflexão sobre autoconhecimento e a importância das relações. Produzido pela Valence Filmes, “SOLOS” é um projeto independente e estará disponível em breve.
A oportunidade de integrar a equipe de “SOLOS” surgiu de forma despretensiosa, através de um convite de um grande amigo, Alan Vieira. “Estávamos em uma chamada de vídeo quando ele comentou: ‘Amiga, escrevi meu primeiro roteiro. Quer dar uma olhada?’ E claro que quis. Assim que terminei a leitura, disse a ele: ‘Amigo, vamos produzir isso!’. E foi assim que tudo começou, de uma conversa entre amigos nasceu um projeto do qual me orgulho muito de fazer parte”, conta Luísa.
“SOLOS” traz uma mensagem muito bonita e necessária sobre autoconhecimento e conexão. O filme acompanha quatro amigos Clara (Victoria Rodrigues), JP (Joãozinho), Lucas (Matheus Galdino) e Marina (Luísa Locher), que se reúnem em uma noite aparentemente comum que se transforma em uma série de revelações intensas. Eles são levados a confrontar suas inseguranças e fragilidades, refletindo sobre o significado das relações construídas até ali.
“A principal mensagem do projeto é que a amizade pode ser um grande refúgio, mas que também é importante valorizar os momentos de solitude. Estar sozinho não significa estar perdido, às vezes, é nesse silêncio interno que conseguimos nos ouvir de verdade”, explica Luísa. “SOLOS” explora a importância de encontrar apoio nos outros sem perder a conexão consigo mesmo.
No elenco, Luísa dá vida a Marina, uma personagem intensa e multifacetada. “Poder dividir o set com profissionais que admiro e confio profundamente fez toda a diferença”, afirma. Marina é uma adolescente que, após a perda dos pais, teve a vida virada do avesso. Sua rebeldia, na verdade, é um mecanismo de defesa contra uma dor ainda muito viva. Morando com a irmã Isabela (interpretada por Anna Dalmei), as duas construíram uma relação de cumplicidade profunda, onde Isabela assume um papel de porto seguro e quase maternal. “O que mais me encanta na Marina é justamente essa dualidade: ela é forte, enfrenta o mundo com uma certa dureza, mas por trás disso existe uma menina ainda ferida, que só queria que as coisas tivessem sido diferentes”, revela Luísa.
A dupla função e a pós-produção intensa
Em “SOLOS”, Luísa Locher também assume o desafio da direção, marcando sua estreia na função. As gravações, intensas e desafiadoras, foram realizadas em apenas duas diárias, um feito que a artista atribui à dedicação de uma equipe de profissionais extraordinários.
Atualmente, o projeto está em uma fase crucial de pós-produção. “Estou trabalhando com uma equipe extremamente preparada, o que faz toda a diferença nesse momento em que cada detalhe importa”, comenta Luísa. O trabalho envolve colorização, efeitos visuais (VFX), mixagem de som, ADR (dublagem adicional). A trilha sonora, composta por Pedro Vulpe, com a canção “Wrong“, já está disponível nas plataformas digitais e promete complementar a atmosfera emocional do filme. “Ver o material bruto se transformar, pouco a pouco, em um filme pronto é emocionante. Dá um sentimento de realização e orgulho por tudo que construímos coletivamente”, expressa Luísa.
A expectativa para a finalização e estreia de “SOLOS” é enorme. “Estou muito animada e com o coração cheio. Levar esse curta para os festivais é uma oportunidade linda de ampliar esse diálogo, de ver como diferentes públicos se conectam com a história”, diz Luísa. Para ela, a estreia é também um marco pessoal. “É meu primeiro projeto como diretora, e ver isso se concretizando me dá uma sensação de realização muito profunda. Mal posso esperar para ver até onde essa história vai nos levar”.
Sobre Luísa Locher:
Nascida em São Carlos, interior de São Paulo, Luísa Locher é atriz (23 anos), que irradia paixão e dedicação pela arte desde a infância. Sua veia artística é profundamente enraizada na cultura familiar, com lembranças vívidas de criar peças e apresentações para a família desde os 5 anos de idade, e de se aprofundar em aulas de jazz, ballet, canto e pintura em tela.
O verdadeiro divisor de águas em sua trajetória foi em 2018, ao assistir “O Fantasma da Ópera” no Teatro Renault, um momento que solidificou seu desejo de se aperfeiçoar na atuação. Luísa se formou no Conservatório Internacional das Artes e complementou sua formação com workshops internacionais renomados, incluindo o Stella Adler Studio of Acting com Jane Fleiss, Chekhov On Action com Marjo-Riikka Mäkelä, e Commedia Dell’arte – The Clown School, com David Bradel.
Sua dedicação se reflete em uma série de projetos notáveis tanto no teatro quanto no audiovisual. No cinema e TV, Luísa participou do trailer “Twin Moons” (2023), gravado no interior do Rio de Janeiro e dirigido por Daniel Silva; do longa-metragem “Not Every Man, But Always a Man” (2024), interpretando a personagem Sansam, com direção de Thiago Carvalho e Duda Giovanella; e da série vertical “Esposa Renascida” (2023), no papel de Laura, sob a direção de Thiago Carvalho.
Já nos palcos, Luísa deu vida à personagem Estrela em “A Vida é Sonho” (2023), com direção de Thiago Carvalho, e interpretou a Dália na montagem da peça “Beijo no Asfalto” (2021) de Nelson Rodrigues, sob a direção de Luciana Coutinho e Telma Penteado.
Além de sua atuação, Luísa demonstrou seu talento como apresentadora do Rio Webfest nos anos de 2021, 2022 e 2023, um importante festival que ocorre no Rio de Janeiro.
Com um percurso já impressionante e uma sede contínua por novos desafios, Luísa Locher se consolida como uma artista versátil e promissora no cenário brasileiro, pronta para conquistar ainda mais palcos e telas.
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