Cigarros Molhados na Backstage Digital

A banda Cigarros Molhados, que estampa a nossa nova capa digital, lança nesta sexta-feira (29), o single “Raízes Marginais” em todos os aplicativos de música, pela Marã Música. A canção é uma poderosa declaração de identidade e resistência, marcada por uma mensagem de união e crítica social, em meio ao cenário político e ambiental que o Brasil e o mundo enfrentam.

“Raízes Marginais” traz à tona um manifesto contra as injustiças e as opressões, abordando questões como a destruição da natureza, a ganância pelo poder e o abandono de povos indígenas, como os Yanomami e Guarani. A letra começa com um grito de resistência: “retomar o que se levou”, mostrando que é possível lutar e superar os obstáculos que a vida impõe.

O novo som também aborda o respeito às mulheres e a importância do consentimento, sendo um recado direto contra o assédio e a insistência. Celebra a cultura e a música, resgatando influências do Ska e do Punk, que representam a resistência e a união, além de reforçar que esse legado nunca morreu e continua vivo na nova geração.

Em termos de sonoridade, a faixa mistura elementos de Ska com uma pegada hardcore melódica no refrão. O baixo e as guitarras estão bem acentuados nos versos, enquanto os vocais de rap dão o tom nos momentos mais intensos. A música transita por diferentes estilos, fundindo o antigo com o novo, mantendo a essência rebelde e autêntica da banda.

O processo de composição teve início durante um ensaio casual, onde a banda se deixou levar pela energia do momento e a inspiração de nomes como Skamoondongos, Sublime e Operation Ivy. A música foi naturalmente construída a partir de uma introdução que remete à “A Grande Volta”, do Charlie Brown Jr., e logo a parte instrumental começou a ganhar forma.

Videoclipe

O clipe de Raízes Marginais será lançado no mesmo dia, 29 de agosto, às 11h, e tem direção de Ian Pires, com captação e produção pela própria banda. O clipe foi gravado em um galpão abandonado em Bragança Paulista, SP, e em um estúdio fotográfico na Serra da Mantiqueira, em Extrema, MG. O vídeo, que foi premiado pela Lei de Incentivo à Cultura Paulo Gustavo (LPG) em 2023, traz imagens impactantes de críticas sociais, com projeções no final que criam um ambiente sideral. A produção é um reflexo visual da energia crua e rebelde da música, transmitindo com intensidade a mensagem de resistência.

Formada em 2023, a Cigarros Molhados mistura influências de Funky Music, Ska, Punk, Rock Alternativo, Reggae e Rap, com uma forte conexão com as questões sociais, políticas e ambientais que definem a juventude contemporânea. A banda, que iniciou sua jornada com um EP ao vivo e independentemente, se prepara para lançar mais singles e um EP chamado “Surfando no Caos”.

A banda é composta por Vinicius Miguel Leme (Vocalista), Samuel Egidio – Bakalhau – (Baixista), Felipe JP – Snow (Guitarrista) e Gustavo Helena (Baterista).

Confira uma entrevista exclusiva com o grupo:

“Raízes Marginais” é apresentada como um manifesto de resistência e inclusão, trazendo questões sociais, ambientais e políticas muito atuais. Como foi o processo de transformar essas reflexões em uma canção tão direta e impactante?

A inspiração para compor essa música foi o momento político, social e global em que vivemos principalmente dos anos de 2019 a 2022, mais precisamente a letra foi escita em 2022. A letra se inspira em debates da época e atuais sobre desmatamento, mineração ilegal em terras indígenas e a necessidade de proteção da Amazônia e de seus povos, na importância de valorizar e defender essas culturas e o meio ambiente. A letra critica a ditadura e a valorização da desobediência como forma de resistência continuam a ressoar em um contexto global onde a democracia é constantemente testada. A letra encoraja a população a questionar o poder estabelecido e a lutar contra a opressão, por tanto a letra não apenas critica, mas também inspira.

A faixa mistura Ska, Punk, Rap e até uma pegada hardcore melódica no refrão. Como vocês chegaram a essa combinação de estilos e o que ela representa dentro da identidade musical da Cigarros Molhados?

A sonoridade da musica experienta uma fusão instrumental de Ska com baixo, guitarras e bateria bem acentuados nos versos e um leve flerte com o Hardcore Melódico no refrão. A canção vem com uma levada rap nos vocais dos versos e um refrão melódico.

O Single também celebra a cultura e a música, mencionando o Ska e o Punk como estilos que representam essa resistência e união, um legado que “nunca morreu” e assim como são influencias de sonoridade para a banda, agora esse legado também está com a nova geração.

A letra fala de temas fortes como a destruição da natureza, os povos indígenas e a luta contra opressões. Vocês acreditam que a música pode ser uma ferramenta real de transformação social?

Sim, nesta musica por exemplo, a banda está querendo se comunicar diretamente com aqueles que se sentem excluídos, a mensagem de “união faz a força” e a identificação com as “raízes marginais” podem ser poderosos catalisadores de empoderamento, incentivando a solidariedade e a ação coletiva. A banda quer reforçar na música que a mudança é possível e que a resistência cultural, a solidariedade e o respeito são os caminhos para um futuro mais justo e humano.
A banda espera concientizar as pessoas e fazê-las refletir, incentivar o empoderamento e a união juntamente com o incentivo a mudança através da musica.

O clipe de “Raízes Marginais” foi gravado em lugares simbólicos e traz imagens marcantes de crítica social. Como foi pensar esse conceito visual e o que vocês esperam que o público sinta ao assistir?

O clipe começa mostrando os integrantes da banda tocando em um lugar abandonado, radical, sujo e destruído, passando a mensagem da musica com energia e explosão. Durante o clipe surgem imagens associadas a criticas socias do pais como fome, roubo, frio, dependecias, etc. No final do clipe projeções são utilizadas nos corpos dos integrantes da banda enquanto eles tocam, dando uma sensação sideral ao ambiente. A banda espera queo publico ao assistir se concientize, sinta a energia e explosão da música através da performance aplicada no clipe.