Formado pela mescla das influências e expertises de Son Andrade e Ramiro Galas, o projeto Lambada da Serpente, que estampa a nova capa digital da Backstage Mag, aproxima as músicas das tradições andinas, latinas e brasileiras por meio da música eletrônica, das tecnologias de produção musical e do improviso. O repertório inclui cumbia, carimbó, forró, bregas, remixes exclusivos e músicas autorais. É a América com Latina, Norte com Nordeste: o de cima com o de baixo e o de baixo com o de cima!
Recentemente, o duo lançou o seu primeiro trabalho: o EP “Lambada da Serpente”, prometendo uma nova vertente de estilo musical, a Música Latino-Americana Futurista. Confira uma entrevista exclusiva com os artistas:
O Lambada da Serpente é um duo que é formado em Brasília, mas por dois artistas que não nasceram na cidade. Como Son e Ramiro foram parar em Brasília e como surgiu essa amizade até formar o Lambada?
Brasilia é uma capital cosmopolita que reúne pessoas de diversas culturas e partes do país. Nossos pais vieram viver oportunidades de vida e de trabalho e nós viemos juntos quando crianças/adolescentes. Brasília possibilita esses encontros. A nossa amizade surgiu em 2013/2014 na Universidade de Brasília e no cenário musical da cidade.
Acompanhando vocês nas redes e observando as suas fotos, existe uma alegria e identidade visual bem brasileira/latina na dupla. Isso faz parte da mensagem que querem passar?
Isso faz parte de quem somos, a estética visual é e representa de onde viemos e nossos gostos e pesquisas. Nossa vibe é despretensiosa, queremos mesmo nos divertir e manifestar, a música é o meio para isso.
Podemos afirmar que existe um movimento de ascensão da música latina pelo mundo? Como vocês enxergam essa cena dentro e fora do Brasil?
Acreditamos que o “Sul” do mundo é a ascensão decolonial, isso está principalmente na cultura: dança, música, literatura, cinema. É na mão do terceiro mundo que está a boa estética. E o Brasil é uma potência mundial, junto América Latina e África, é daí que vai vim a música do futuro.

Como é dividido o papel de cada um da dupla e como isso funciona na hora das produções das músicas?
Os dois trabalham livres e em conjunto, presencialmente e a distância. Primeiro vem a troca de ideia, a seleção de temas e o estudo da ideia por trás da música. Por aí vamos desenvolvendo as batidas, os timbres e os samples envolvidos. Sempre de olho nas referências e expertises de cada um nas etapas da produção musical.
O que o Lambada da Serpente representa para Son e Ramiro?
Representa o futuro que já é o presente, é a pesquisa da tradição para inventarmos um futuro.
Podemos esperar mais novidades dessa dupla?
Sempre! A correria é grande e não para. Entre produções e show, agora é circular com o nosso primeiro EP pelo Brasil e América Latina. Estamos colaborando com artistas nacionais e internacionais e tem muita coisa no forno! Aliás, fica o convite para ouvir nosso som e seguir a gente nas redes sociais e plataformas de música.
Ouçam Lambada da Serpente!
+ There are no comments
Add yours