Após grande sucesso de “B.A.: O Futuro Está Morto” na HBOMax, Pedro Goifmanprotagoniza um novo projeto. Mantendo o cunho político-social em alta, o ator acaba de estrear como protagonista em “Histórias de Fantasmas Verdadeiros Para Crianças”. A série retrata a ditadura militar de forma educativa para o público infantil. Gravada em 2018, foi finalizada recentemente e estreou em 4 episódios dia 15 de janeiro no Cine Brasil TV, sob direção de Mariana Lacerda.
“Meus avós sofreram com a ditadura e meus pais nasceram nesse período, então falar da infância na ditadura foi também falar da minha história e da minha família. É uma honra estar nessa série. É uma obra infantil, educativa, mas extremamente artística, lúdica e divertida.”
Fantasmas verdadeiros para crianças corajosas
Tratar de um assunto tão sério já pode ser desafiador para adultos e ainda mais para crianças, mas a importância é inegável. “Exige muita responsabilidade. Tive que ir além do que aprendia na escola, já que tinha apenas 14 anos na época. Li livros, conversei com pessoas e busquei fontes confiaveis”, conta Pedro.
Ainda sobre a formulação dos personagens que conduzem o enredo, ele, que era o mais velho entre as 7 pessoas selecionadas para o elenco, afirma que estar entre crianças tornou o desafio mais fácil e até divertido. “Teve muito improviso, então as nossas dúvidas sobre o assunto eram genuínas e próximas ao público que queríamos atingir. E era bastante intuitivo”.
Além disso, o cenário impulsionou ainda mais a criatividade. Segundo Pedro, a maior parte da série foi gravada em uma grande sala no centro de cultura Casa do Povo, em São Paulo, com tecidos, araras, brinquedos de madeira, plantas, redes, tapetes e projetor.
Cápsula do tempo
Revisitando a história do país, Goifman se viu revisitando também sua própria história. Com a série lançada 6 anos após as gravações, o ator se assistiu em outra perspectiva. “Assistir a série está sendo um processo louco, eu tinha 14 anos e hoje tenho 20. Mudei muito, não só fisicamente, mas também na minha experiência e trabalho. É uma delícia relembrar quem eu era e perceber que realizei sonhos que tinha nessa época. Pude me orgulhar de quem fui e de quem sou”.
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