Rebeca Lindsay na Backstage Mag | Ed. 46

Com uma trajetória marcada por autenticidade, potência vocal e amor pela música, Rebeca Lindsay, que estampa a nova capa digital da Backstage Mag, é um dos grandes nomes do tecnomelody e da música romântica do Norte do Brasil. Com mais de 20 anos de carreira, Rebeca iniciou sua jornada nos palcos ainda jovem, como backing vocal no Nordeste, até conquistar o coração do Pará como vocalista da banda AR-15 — onde emplacou sucessos inesquecíveis como “Meu Primeiro Amor”“Tatuagem” e “Amor Pra Recordar”.

Dona de uma voz marcante e de uma versatilidade que a faz transitar com naturalidade entre ritmos como brega, tecnomelody, forró e seresta, a cantora alcançou projeção nacional com sua participação no The Voice Brasil e no programa Altas Horas, além de levar a música paraense para palcos internacionais.

Agora, Rebeca celebra uma nova fase com o lançamento de seu primeiro DVD solo, “Conexões”, um projeto audiovisual gravado em Belém do Pará, à beira do rio e ao pôr do sol, que exalta a força musical do Norte e Nordeste. O projeto conta com participações de peso como Priscila SennaManu BahtidãoSilfarleyValéria PaivaAllanzinho e a banda AR-15, em uma verdadeira celebração de encontros, raízes e emoções.

Na entrevista a seguir, Rebeca compartilha os bastidores da produção, fala sobre os feats marcantes e reflete sobre a simbologia desse momento histórico em sua carreira.O DVD “CONEXÕES” celebra a união de ritmos e culturas.

Como foi o processo de escolha do repertório para garantir essa diversidade, sem perder a sua essência romântica?

Então, o processo foi bem demorado. Passamos meses escolhendo o repertório a dedo. Recebemos várias composições e procuramos também identificar a identidade de cada artista que participaria conosco, para que pudéssemos escolher músicas que não apenas combinassem com a minha voz, mas que também se encaixassem bem com a voz dos artistas convidados nos feats.  O interessante nessa escolha é que tivemos a sorte de contar com artistas que carregam um legado muito forte dentro da música romântica, cada um com sua vertente — do Arrocha ao Tecnobrega e ao Tecnomelody. Tivemos esse “casamento” artístico com cada um deles, porque são artistas que já transitam naturalmente por esse estilo romântico.

A gravação do DVD em Belém do Pará, às margens do rio e sob o pôr do sol, parece ter uma simbologia muito forte. O que esse cenário representou para você e para a proposta do “CONEXÕES”?

O cenário foi escolhido propositalmente à beira do rio, porque isso é algo muito característico da nossa terra. Estar ali, em conexão direta com a natureza, com os rios, representa muito do que somos.  Estamos vivendo um momento de grande visibilidade com a chegada da COP30. Todos os olhares estão voltados para a Amazônia, especialmente para a nossa capital, Belém. Por isso, achamos o lugar ideal, perfeito, para promover esse encontro e essas conexões, sem perder a essência do lugar onde vivemos — onde já temos esse contato diário e direto com a natureza, com o rio, com o pôr do sol. Foi realmente algo proposital, uma escolha pensada para mostrar ao Brasil inteiro o nosso lugar de origem e aquilo que vivemos no nosso dia a dia

O projeto traz um encontro de artistas e públicos. Como foi a experiência de colaborar com outros nomes da música popular do Norte e Nordeste nesse trabalho? Há alguma conexão que te marcou mais?

Todos os feats, todas as conexões, marcaram bastante. São pessoas que admiro no dia a dia. Sou fã de todos que participaram. Mas acho que a conexão que mais me marcou, por já termos uma história e uma amizade de muitos anos, foi o feat com a Manu. É uma das faixas mais aguardadas do nosso DVD. Todas as conexões, no entanto, foram muito importantes, porque tive a oportunidade de conhecer de perto e dividir o palco com artistas que eu já escutava e admirava, como a Priscila Senna e o Sil Farley — com quem já tinha tido um breve encontro antes do DVD, mas nunca em uma gravação. Então, foi um momento muito especial. Assim como Valéria Paiva, Alanzinho e a Banda R15, que também são conexões muito importantes. São artistas que fazem parte do nosso dia a dia, do nosso cenário musical, e com quem estamos sempre dividindo o palco, quase que frequentemente.

Você transita pelo brega, tecnomelody, piseiro e seresta. Existe algum desses ritmos que te desafiou mais ou que te trouxe uma nova perspectiva artística durante a produção de “CONEXÕES”?

Apesar de eu já ter uma carreira consolidada no tecno-melody e fazer parte desse cenário há 20 anos da minha vida, eu sou bem flexível em relação a todos os ritmos, porque sou uma pessoa realmente muito musical. Eu gosto de música, né? Então, o ritmo em si nunca me trouxe dificuldade para transitar por diferentes estilos. Justamente por ser muito musical desde criança, sempre escutei de tudo. Minha formação musical foi algo muito natural — vieram das músicas e ritmos que eu ouvia desde pequena. Se eu gostava de uma música, eu escutava bastante até conseguir entender e me expressar por aquele estilo, mesmo que não fosse tecno-melody. Podia ser forró, podia ser rock’n’roll, que inclusive é um estilo que eu também gosto bastante. Então, nunca senti dificuldade quanto a isso, porque realmente amo música. Apesar de ser uma cantora do tecnomelody, de carregar esse ritmo como o meu principal, tenho abertura e gosto por muitos outros.

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